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Corretor precisa ser provedor de soluções securitárias e financeiras

O Corretor de Seguros precisa ampliar sua atuação e se transformar em um provedor de solução e proteção, seja securitária ou financeira. É isso que o cliente quer e espera. A afirmação foi feita pelo presidente da Fenacor, Armando Vergilio, ao participar, nesta terça-feira (24), do programa “Falando Seguro”, transmitido na inauguração do canal do Sincor-PE no Youtube. “Há uma relação de confiança com o cliente e o Corretor precisa explorar melhor isso, levando outros tipos de seguros e de investimento que todos querem. O cliente quer ter tudo isso nas mãos de um único consultor. Se o Corretor não fizer isso, quem trouxer o investimento vai trazer um seguro junto”, alertou, no bate-papo com o presidente do Sincor-PE, Carlos Valle, e o fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho, tendo como apresentador o âncora da Rádio CBN, Mario Neto. 

Vergilio destacou que o Corretor tem diferenciais relevantes que deve explorar, como o fato de aliar “qualidade e o melhor custo benefício”, oferecendo um assessoramento permanente ao cliente, que tem a certeza de estar contratando apenas o que de fato precisa, deixando de contratar coberturas desnecessárias. “É o Corretor que indica a melhor seguradora e que age para corrigir o contrato em qualquer situação sazonal. E, no caso de sinistro, faz amplo e completo assessoramento ao cliente”, acrescentou o presidente da Fenacor. 

Ele disse ainda que o Corretor é o protagonista do mercado e jamais deixará de ser, pois o seguro é um produto em constante evolução, o que exige acompanhamento desse processo. “O Corretor agrega tanto valor que não tem o que temer. Enquanto o segurado precisar de nós, não temos o que temer”, salientou. 

Vergilio ressaltou, porém, que é indispensável investir constantemente em tecnologia, conhecimento, aperfeiçoamento de habilidade e na profissionalização. “Temos um mercado enorme, com imenso potencial de crescimento nos próximos anos”, pontuou, acentuando que a Escola de Negócios e Seguros –ENS está pronta para ajudar o Corretor nesse processo. 

O presidente da Fenacor enfatizou também a relevância de a categoria apoiar as instituições que o representam. “Faço um apelo. Pode divergir, mas vá para dentro do Sincor, se associe. Os sindicatos são grandes provedores de soluções e de muitos benefícios para os Corretores”, observou, destacando ainda as diversas conquistas obtidas para a categoria nas últimas décadas, graças à ação da Fenacor e dos Sincors, como, entre outras, a inclusão no Simples e, mais recentemente, a derrubada de medidas aprovadas pela Susep, na gestão de Solange Vieira, que ameaçavam seriamente o Corretor. “Algumas medidas absurdas foram desconstruídas e desfeitas”, comentou. 

Por sua vez, Carlos Valle aconselhou aos Corretores de Seguros que evitem trabalhar com foco no preço, mesmo se houver pressão do cliente nesse sentido. “Quem só procura preço tem dificuldade para vender qualidade. Só sobreviverá quem tiver utilidade. A gente deve valorizar o que é bom para se vender com valor. Há uma diferença enorme. Tem que dar valor ao que tem valor”, acentuou.  

Já Gustavo Doria Filho frisou digitalização “não é novidade” para o Corretor e que a pandemia comprovou isso. “Somos tecnológicos. Houve uma ilusão das primeiras insurtechs achando que o consumidor ia comprar seguro direto e que não existia custo no digital. A realidade foi bem diferente. Hoje, mais de 90% dessas companhias estão direcionando negócios pelo Corretor, porque o consumidor quer tranquilidade e também porque vender direto é caro pra caramba. Além disso, o Corretor traz um cliente qualificado para a companhia”, afirmou o fundador do CQCS.

 

Fonte: CQCS